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Rede Social

23 de fevereiro de 2018

SPED: Comparativo antes e depois


4. Comparativo

Antes
Depois
Conferência manual
Auditoria eletrônica
Auditava o passado
Vê o presente e projeta o futuro
Atitude repressiva
Atitude preventiva
Isolada (esferas não se falavam)
Integrada
Por amostragem
Todas as operações
Fiscalização in loco (pessoalmente)
Fiscalização à distância
Provas em papel
Provas eletrônicas
Generalista
Especialista
Tabela 1 - Fonte Cunha, Alexandre 2016


Como cita, “[...] a Receita Federal possui um computador desenvolvido pela IBM, batizado de “T-REX” que, aliado a um software com inteligência artificial, consegue efetuar o cruzamento de diversas obrigações fiscais com extrema eficiência…” (Cunha, Alexandre, 2016).

Existem várias informações que são cruzadas para se ter a comparação do máximo de informações possíveis de cada contribuinte, como, por exemplo, os confrontos entre:
  1. SPED com o GIA (Guia de Informação e Apuração do ICMS).
  2. SPED com NF-e (Nota Fiscal eletrônica).
  3. SPED e Sintegra (Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços).
  4. SPED com o ECF (Escrituração Contábil Fiscal).
  5. EFD Contribuições com DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais).
O site Mastersaf faz um comparativo bastante interessante com vantagens e desvantagens que o SPED proporciona comparando com o que se tinha de informações anteriormente à sua implantação.
Algumas vantagens que o SPED gera:
  • Redução de custos com a dispensa de emissão e para o armazenamento de documentos em papel;
  • Redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias;
  • Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um leiaute padrão;
  • Uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas unidades federadas;
  • Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas;
  • Redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do contribuinte;
  • Simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária (comércio exterior, regimes especiais e trânsito entre unidades da federação);
  • Fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as administrações tributárias;
  • Rapidez no acesso às informações;
  • Eliminação do papel;
  • Aumento da produtividade do auditor através da eliminação dos passos para coleta dos arquivos;
  • Redução de custos administrativos;
  • Melhoria da qualidade da informação;
  • Possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais;
  • Disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para usos distintos e concomitantes;
  • Redução do “Custo Brasil”;
  • Aperfeiçoamento do combate à sonegação;
  • Preservação do meio ambiente pela redução do consumo de papel.
Desvantagens existentes antes do SPED:
  • Baixa produtividade na execução da auditoria;
  • Informações declaratórias não confiáveis;
  • Facilidade de simulação de transações comerciais;
  • Dificuldade na execução dos controles;
  • Falta de compatibilidade entre os dados econômico-fiscais dos contribuintes;
  • Indisponibilidade de informação das transações comerciais em tempo hábil;
  • Dificuldade de disponibilizar, compartilhar e trocar de informações;
  • Alto custo de impressão, manipulação e armazenamento de livros da escrituração comercial;
  • Dificuldade no cumprimento de obrigações acessórias;
  • Falta de padronização de obrigações acessórias entre os Estados/SRF;
  • Extravio de livros fiscais como instrumento para obstruir o desenvolvimento da ação fiscal;
  • Dificuldades em rastrear operações dissimuladas.
Além desses itens temos também o quesito simplificação que cada projeto traz onde em várias vezes uma única declaração ou documento substitui uma série de obrigações, como por exemplo a ECD.
“A ECD compreende a versão digital dos seguintes livros (Instrução normativa RFB 787/2007): (1) Livro Diário e seus auxiliares, se houver; (2) Registro de Entradas (compras); (3) Apuração do Lucro Real (LALUR); (4) Registro permanente de estoque, para as pessoas jurídicas que exercerem atividades de compra, venda, incorporação e contrução de imóveis, loteamento ou desmembramento de terrenos para venda; (5) Movimentação de combustíveis, a ser escriturado diariamente pelo posto revendedor.”
(Pohlmann, Marcelo Coletto, 2012, p.93.)
Ilustrando por exemplo o projeto e-Social que sozinho substitui 15 declarações obrigatórias. São elas:
  • GFIP -  Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social.
  • CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados para controlar as admissões e demissões de empregados sob o regime da CLT.
  • RAIS - Relação Anual de Informações Sociais.
  • LRE -  Livro de Registro de Empregados.
  • CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho.
  • CD -  Comunicação de Dispensa.
  • CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social.
  • PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário.
  • DIRF - Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte.
  • DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais.
  • QHT – Quadro de Horário de Trabalho.
  • MANAD – Manual Normativo de Arquivos Digitais. 
  • Folha de pagamento.
  • GRF – Guia de Recolhimento do FGTS.
  • GPS – Guia da Previdência Social.
Para isso os profissionais de todas as áreas relacionadas ao SPED estão tendo que se atualizar e ter conhecimentos de informática, sejam os ligados às empresas contribuintes, os ligados à contabilidade ou em algumas vezes o próprio contribuinte.

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